O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, determinou à direção da PCDF que inicie os estudos sobre o projeto, os quais serão coordenados pela Direção-Geral da Polícia Civil com aconselhamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e da pasta de Educação.
“O governador, Ibaneis Rocha, entendeu como uma boa ideia e vamos viabilizar os estudos”, confirmou Torres ao Metrópoles. O diretor-geral da Polícia Civil, Robson Cândido, também aprovou a iniciativa. “É uma medida muito importante para a categoria. Vamos começar os estudos imediatamente, para ver o que é possível fazer e a quantidade de alunos que poderemos atender”, disse Cândido.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), Rodrigo Franco, o Gaúcho, a intenção da categoria era que o GDF criasse um convênio com as escolas militarizadas para que dependentes de agentes e delegados pudessem se matricular nelas.
“Mas o próprio governador sugeriu a criação de uma escola sob a gestão da Polícia Civil para atender nossos filhos e também a comunidade”, afirmou o sindicalista.
Segundo Gaúcho, o local sugerido por Ibaneis para abrigar o centro de ensino seria a antiga academia da PCDF, em Taguatinga. Hoje, o edifício, de três andares, encontra-se vazio.
Na reunião, Ibaneis também revelou a intenção de criar o Hospital da Segurança Pública. A instituição – que, se for mesmo criada, deve funcionar no Setor Policial Sul, onde era o Hospital da Polícia Militar – atenderá integrantes da PCDF, da PMDF e do Corpo de Bombeiros.
O encontro também serviu para tratar das pecúnias em atraso para os aposentados da PCDF. Segundo o Sinpol, cerca de mil agentes e delegados que se aposentaram entre 1996 e 2006 — e que não gozaram das licenças-prêmio — ficaram sem receber as pecúnias ao passarem para a inatividade. Ibaneis solicitou ao diretor Robson Cândido que faça os estudos necessários para estabelecer um cronograma de pagamento.
Gestão militar
Hoje, quatro escolas públicas do Distrito Federal vivem dias de transição e se adequam ao modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar. O regimento traz consigo novidades que são inseridas gradualmente no cotidiano dos colégios. Embora ainda seja cedo para se avaliar o impacto em questões como desempenho escolar, alguns efeitos já são sentidos. Em todas as unidades, aumentou a procura por matrículas.
No Centro Educacional 1 (CED 1) da Estrutural, a capacidade máxima já foi atingida: 1,4 mil estudantes. Com aumento da procura por uma oportunidade no centro de ensino, os que desejam entrar aguardam por uma vaga de alguém que deixar a escola.
Nas outras unidades em que o novo modelo foi implantado, o número de alunos matriculados cresceu de forma acentuada. No Recanto das Emas, no CED 308, pais e alunos dormiram na fila em busca de vagas remanescentes. De acordo com dados da Secretaria de Educação, após o período aberto para se preencher as oportunidades ainda existentes, o número de alunos aumentou de 880 para 950.
O maior crescimento, contudo, foi em Ceilândia, no CED 7. A quantidade de estudantes aumentou de 1,6 mil para 2 mil. Não há mais vagas. Estão abertas oportunidades apenas no CED 3 de Sobradinho: são cinco postos restantes para quem ainda deseja se inscrever. No local, foram abertas mais duas turmas para comportar a demanda. Eram 1,6 mil estudantes. Hoje, são atendidos 1.680.
Fonte - Metrópoles